Benfiquista versus portista
Sérgio Ambrósio
4/6/20252 min read
Esta semana fui ao shopping cortar o cabelo.
É o meu sítio do costume.
Gosto de ir lá porque é mais rápido o serviço.
Nos lugares em que eu ia antes, o tempo de espera era imenso.
Cortei o cabelo, fiquei todo satisfeito, paguei e saí do salão para ir embora para o carro.
No caminho entre o salão e o acesso ao parque de estacionamento, vi que estava uma moça, numa banca, a vender cartões de crédito bancário.
À medida que eu ia dando os meus passos, percebi que ela já me estava a encarar e que me ia parar.
“Vai tentar vender-me um cartão de crédito”, disse logo para com os meus botões.
Não gosto desse tipo de vendas agressivas em que os vendedores vêm interromper-nos e falam até gastarem a saliva toda.
Nada contra esses profissionais, é o trabalho deles, mas não gosto de ser parado no meio do shopping para me venderem o que quer que seja.
O meu objectivo na ida ao shopping era cortar o cabelo, não era aderir a um cartão bancário.
Só por aí eu já não seria o cliente ideal.
Depois, reparei que aquela marca de cartão bancário era patrocinadora oficial do Sport Lisboa e Benfica.
O emblema era gigante junto do nome da instituição financeira.
Nada contra, pois uma empresa privada pode bem patrocinar o clube de futebol que quiser.
Mas eu sou sócio do Futebol Clube do Porto há 25 anos.
Já eram dois pontos em que eu definitivamente não era o cliente ideal:
1. eu não precisava de um cartão de crédito
2. sou portista e aquilo tinha um emblema gigante do Benfica
A vendedora abordou-me, disse-me que se aderisse ao cartão bancário ia receber, no correio, um cachecol do Benfica e ia ter mais vantagens fantásticas.
Então, eu disse-lhe:
— Desculpa, mas se o meu pai descobre que veio um cachecol do Benfica em meu nome, para o correio, ele tira-me da herança e nunca mais fala comigo na vida.
Ela riu-se e percebeu a brincadeira.
Agradeci à vendedora e disse-lhe que não estava interessado, que era portista e tal e que não fazia sentido para mim.
Ela foi muito simpática e compreendeu e desejou-me uma boa tarde.
O que retribuí naturalmente.
Moral da história: quando queres vender um produto ou um serviço, tens de conhecer o teu público-alvo.
Se te atiras a toda a gente, não vai funcionar.
Só vais gastar energia e não vais trazer resultados para a empresa.
Tens de conhecer os sonhos e as dores do teu público ideal e depois sim ofereces a tua solução.
Porque aí sim ele pode querer comprar a tua solução para resolver um problema que tenha.
P.S.: Se não queres pregar aos sete ventos aquilo que vendes mas sim acertar na mouche em quem precisa, manda-me mensagem que eu ajudo-te.
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