No meu tempo escreviam-se cartas de amor inesquecíveis

Sérgio Ambrósio

4/15/20251 min read

Não sei se no teu tempo era assim.

Mas no meu tempo de escola, no dia dos namorados, havia um grupo responsável por bater todas as salas de aulas.

Entregavam cartas escritas de pretendentes.

Sempre que penso nisso, hoje em dia, fico abismado com a inocência daqueles tempos.

E pelo facto de usarmos cartas.

Quando agora qualquer criança de 11 anos tem telemóvel com todas as aplicações possíveis e imaginárias.

Naquele tempo, não.

Sou franco contigo….

Não sou muito dado à beleza mas ainda recebi meia dúzia de cartas de pretendentes.

(Olha para ele a gabar-se).

Houve uma carta que foi escrita de forma tão pessoal e que me descreveu tão bem que nunca mais me esqueci dela.

Olá, bonitão. Estou a brincar. Olá, Sérgio. Estou a escrever esta carta porque gosto muito de ti, acho-te muito giro, muito simpático e adoro o teu sorriso. Sei que és um excelente aluno e também admiro muito isso em ti. Como sabes, hoje é o dia dos namorados. Gostava muito de namorar contigo. Se quiseres namorar comigo, vem ter comigo atrás do pavilhão D, no intervalo. Vou estar lá à tua espera. Vou tratar-te muito bem. Tenho a certeza que vais gostar. Até já. Beijinhos, Andreia.

Nunca mais me esqueci desta carta.

Porque foi escrita de uma forma muito pessoal, a mexer com as minhas emoções.

Se a fui beijar no intervalo?

Claro que não.

Nos intervalos das aulas, eu queria era jogar à bola com o Pedro, com o João, com o Rui, com o Pauleta, com o Hélder….

Eu não tinha tempo para namoricos.

Eu queria era ser jogador profissional de futsal na Associação Desportiva e Recreativa de Parada.

Moral da história: se queres que a tua empresa se destaque, tens de mandar mensagens bem pessoais aos teus clientes.

Eles têm de sentir emoção, calor, afecto, direcionamento em relação à solução que ofereces.

P.S.: Se precisas de alguém que escreva assim, contrata os meus serviços de copywriting, com generosas doses de storytelling.