O maior poeta de língua portuguesa foi copywriter

Sérgio Ambrósio

4/2/20251 min read

Em 1920, a Coca-Cola queria entrar no mercado português.

Mas havia um problema bicudo.

A marca norte-americana era vista com maus olhos.

Dizia-se que a bebida continha substâncias ilícitas.

Para afastar essa visão negativa, a Coca-Cola teve uma ideia.

Decidiu contratar Fernando Pessoa como copywriter.

Recordo-te que, em 1920, quase ninguém conhecia os dotes de poeta de Fernando Pessoa.

Ele ainda era um desconhecido que trabalhava como tradutor e correspondente comercial para algumas empresas, em Lisboa.

Mas a Coca-Cola apostava nele.

A sua tarefa era fazer com que as pessoas entendessem a bebida como saborosa e inofensiva para a saúde.

Fernando Pessoa criou o slogan:

“Primeiro estranha-se, depois entranha-se”.

O mais louco de tudo isto é que, passados mais de 100 anos, nós continuamos a usar este slogan para as mais variadas coisas.

Comida chinesa?

Huuummmm, tens razão.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Mudanças automáticas no carro?

Huuuummm, é mesmo.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Exercício físico?

Ya, segue a teoria.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Isto mostra o grande impacto que o copywriting pode ter:

  • A psicologia por detrás do comportamento humano.

  • A clareza da mensagem.

  • O uso da emoção.

  • A conexão da ideia ao sentimento do público.

  • A ponte entre um produto e as pessoas.

  • O efeito intemporal.


Fernando Pessoa é o maior poeta da língua portuguesa.

Mas deixou também uma bela lição de copywriting.

Tudo se resume a conectar ideias e emoções.

A criar mensagens que resistam ao tempo.

E a transformar palavras em sentimentos duradouros.

Só resta uma pergunta:

— Que palavras vais usar para deixares a tua marca no mundo?

Não sou poeta.

Mas talvez te possa ajudar.

Porque sou copywriter como Pessoa também foi.


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